segunda-feira, 21 de maio de 2012

DESAFIOS DO TRANSPORTE LOGÍSTICO



          Os avanços tecnológicos nos dias atuais permitem a troca de informações em tempo real, permitindo aos sistemas de transportes maior dinamismo. Entretanto, os sistemas de transporte são ainda uma grande preocupação para os Administradores, tendo em vista os diversos desafios enfrentados com os mesmos, tais como: péssimas condições da malha rodoviária, altos custos dos transportes aéreos e ineficiência dos modais ferroviário e aquaviário.
        Com a finalidade de se entender melhor, destaca-se que os sistemas de transporte dividem-se em cinco modais que são o ferroviário, o rodoviário, o aquaviário (que também pode ser denominado de hidroviário), o dutoviário e o aéreo. A importância relativa de cada modal pode ser medida em termos da quilometragem do sistema, volume, receita e natureza da composição do tráfego. Existem diferenças no desempenho entre os modais relativos a custos fixos e variáveis, velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade e frequência. Estes fatores são considerados na escolha do modal a ser utilizado, dependendo também das características do nível de serviço a ser realizado. Os modais de transporte apresentam vantagens e desvantagens, em decorrência de fatores como a segurança e rapidez no atendimento às demandas do comprador, o custo do frete em relação ao valor da mercadoria, o tipo e a natureza da mercadoria e vários outros fatores.
          No Brasil, uma das principais barreiras para o desenvolvimento da logística está relacionada com as enormes deficiências encontradas na infra-estrutura de transportes e comunicação, conforme exposto nos demais tópicos.





OS DESAFIOS DO TRANSPORTE LOGÍSTICO
Os principais desafios do sistema de transporte logístico brasileiro associado aos seus modais são:
No modal ferroviário
Além dos ganhos financeiros, a natureza também lucra com o uso das ferrovias para o transporte de cargas. Para se ter uma ideia, um trem de carga com 100 vagões tira das estradas cerca de 357 caminhões. O que significa menos poluição e menos acidentes.
Apesar de todas as vantagens e benefícios, o setor ferroviário enfrenta alguns entraves que dificultam suas operações e, consequentemente, seu desempenho: a existência de moradias irregulares no caminho das ferrovias; 12.500 pontos de cruzamento entre trens, veículos ou pedestres – chamados de passagens em nível; e o adensamento populacional próximo das ferrovias, que requer a construção de contornos ferroviários. Esses “obstáculos” obrigam os trens a circularem com velocidades muito baixas, variando entre 28 km/h e 5 km/h.
O que o Brasil precisa hoje é expandir sua malha ferroviária, hoje limitada a 30 mil quilômetros de extensão e concentrada nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste e atendendo ao Centro-Oeste e Norte. Só com a expansão do transporte ferroviários de carga será possível evitar um colapso logístico na movimentação do porto de Santos.

No modal rodoviário
As principais dificuldades relacionam-se ao aumento do custo de reposição de equipamentos; manutenção da frota; segurança (no que se refere aos roubos de carga, bem como em riscos de acidentes e avarias pelas péssimas condições das estradas); regulamentação de horário de trabalho de motoristas e salários dos trabalhadores de docas; Embora o aumento da folha de pagamento influencie todos os modais de transporte, o setor rodoviário usa muita mão-de-obra, o que eleva a folha de pagamentos deste modal.
A crescente questão de normas e restrições de circulação de carga nos grandes centros urbanos;
A questão do serviços por haver uma clara tendência de aumento nos graus de exigência dos clientes em conjunto com uma grande dificuldade na renovação, contratação e treinamento dos motoristas e operadores de entrega de cargas, além da péssima infraestrutura rodoviária nacional e a pressão cada vez maior por iniciativas de responsabilidade ambiental que também atinge o segmento de transportes.
  
No modal hidroviário
Apesar de todas as dificuldades que enfrenta com portos ainda inadequados, burocracia e altas tarifas, para citar apenas algumas, o setor movimenta mais de 350 milhões de toneladas ao ano.
COMPARAÇÃO ENTRE MODAIS:
Uma barcaça de 32 mil t equivale a:
- 178 caminhões;
- 32 vagões.
E consome de combustível, 500 Km, 18 ton;
Os caminhões consomem 44 ton.
O custo sócio ambiental (acidentes, poluição):
- R$ 8,80 por Km a cada 100 ton – rodovia;
- R$ 1,61 na ferrovia e
- R$ 0,62 na hidrovia

12 comentários:

  1. Um exemplo a ser citado é o estado de São Paulo, que tem a melhor malha rodoviária com excelente qualidade e podemos compará-la à dos países mais desenvolvidos do mundo, entre as nações emergentes talvez só a África do Sul tenha rodovias tão bem construídas. Essa realidade não satisfaz as necessidades do Porto de Santos. O Porto necessita é de ferrovias de carga modernas, as rodovias atuais já estão congestionadas por caminhões e carretas, que se dirigem e entopem as vias de acesso, só há uma saída: a construção de mais ferrovias

    ResponderExcluir
  2. Os desafios do transporte logístico exigem do empresariado brasileiro soluções paliativas para não comprometer a saúde financeira de suas companhias. Focando o modal rodoviário que é responsável por grande parte da mercadoria que transita no País, atinge praticamente todos os pontos do território nacional, mas, por outro lado, é o que apresenta preços de frete mais elevados. pesar dos investimentos previstos pelo governo, as expectativas para o futuro não são tão animadoras. A escassez de fortíssimas altas no custo de mão de obra e os gargalos de infraestrutura serão somados aos aumentos de custos provocados pelo preço do óleo diesel, pedágio, caminhões e do salário dos motoristas e ajudantes.

    BRENO SANTOS SOUZA

    ResponderExcluir
  3. São grandes os desafios que a logística de distribuição/transporte logístico enfrenta no Brasil. Segue alguns dados sobre o modal rodoviário brasileiro, o mais utilizado em nossas operações de transporte de mercadorias. Segundo o CTN (Confederação Nacional do Transporte, 2007), o Brasil possui 87.592km de rodovias e cerca de 73,9% apresentaram algum tipo de problema. Problemas como, 54,5% da malha rodoviária analisada estão com o pavimento em estado Regular, Ruim ou Péssimo, totalizando 47.777 km; 65,4% da extensão pesquisada têm sinalização com problemas (57.253 km); 8,5% possuem placas total ou parcialmente cobertas por mato (7.462 km); 39,0% da extensão avaliada têm placas com a legibilidade deteriorada (31.880 km); 37,5% não possuem placas de limite de velocidade (32.815 km); 42,5% da extensão analisada não têm acostamento (37.259 km). Já no Estado de Sergipe, segundo o Ministério dos Transportes (2008), 401 das suas rodovias são pavimentadas, 3.229 se encontrão sem pavimentação e 2.167 encontra-se em fase de planejamento. Nota-se que é o modal mais utilizado e sem nem uma preocupação com sua manutenção. No modal ferroviário, que no Brasil não há preocupação com o aumento da sua malha ferroviária podemos observa alguns dados: O modal ferroviário é um transporte de longo curso e de baixa velocidade para matérias-primas como carvão, madeira e outro e para produtos manufaturados de baixo custo como alimento, papel entre outros e é preferível transporta cargas completas, fechadas, pois o trem possui uma alta resistência ao transporta peso.
    Analisando dados do portal Brasil, o Brasil dispõe de apenas 28.168 km de malha ferroviária (1998). A própria Argentina, bem menor que o Brasil, possui mais de 35.000 km de ferrovias e os Estados Unidos, mais de 170 mil. Cerca de 35% de nossas ferrovias operam há mais de 60 anos. Em 1998 foram transportados cerca de 353 milhões de toneladas de cargas (19,9% do total do país). Foram conduzidos também 393 milhões de pessoas se considerados o transporte de interior e o de subúrbio. Da receita do setor, cerca de 96% vêm do movimento de carga.
    Poderia ficar o resto do dia ou até da semana falando e dando exemplos das condições dos modais brasileiros, mas a realidade é essa. Espero ter mostrado para os leitores alguns dos problemas que a malha rodoviária e a ferroviária enfrenta no nosso país.

    Aélio Ramos

    ResponderExcluir
  4. São muitos os desafios que a logística enfrenta no Brasil e mesmo com os avanços tecnológicos que permitem a troca de informações cada vez mais rápido, em controversa os transportes é uma grande preocupação para os administradores tendo como desafio as péssimas condições da malha rodoviária, altos custos dos transportes aéreos e ineficiência dos modais ferroviários e aquaviário. E uma das principais barreiras para o desenvolvimento da logística está relacionada com as enormes deficiências encontradas na infraestrutura de transporte e comunicação.

    ResponderExcluir
  5. "O cenário econômico positivo no Brasil que provocou o aumento do consumo interno e gerou novos negócios, principalmente dos últimos anos, se refletiu em avanços significativos na infraestrutura do País. Os desafios logísticos, pelo contrário, continuam a exigir do empresariado brasileiro soluções paliativas para não comprometer a saúde financeira de suas companhias.

    O gargalo atinge empresas de vários segmentos, mas os setores de bebidas é um dos que mais gastaram com logística no ano passado, segundo a pesquisa Custos Logísticos 2011, do Instituto de Logística e Supply Chain. Enquanto a média geral de gastos foi de 8,5% em relação à receita líquida, o setor de bebidas gastou 12,1%.

    As deficiências da infraestrutura logística brasileira permeiam todos os setores de transporte. Rodovias, portos e aeroportos sofrem com a falta de investimento, afetando a demanda e elevando os gastos. De acordo com o Banco Mundial, o custo da logística no Brasil equivale a 20% do PIB, o dobro dos países ricos.

    O setor de transporte rodoviário, responsável por 76% da mercadoria que transita no País, atinge praticamente todos os pontos do território nacional, mas, por outro lado, é o que apresenta preços de frete mais elevados. Embora ofereça baixos custos fixos, os variáveis são mais altos, podendo ter alteração de acordo com questões que estão na esfera pública. Alguns dos exemplos são os valores do combustível e da manutenção das vias.

    Com apenas 212 mil quilômetros de rodovias pavimentadas – enquanto a China e a Índia registram 1,5 milhão de quilômetros de estradas cada -, o Brasil possui um alto custo de conservação de sua frota. Afinal, a qualidade das estradas afeta diretamente o desempenho do caminhão e influencia no prazo da troca de peças, realizadas antes do previsto."

    Materia lida na internet e estou trazendo aqui como complementação das informações sobre os desafios do transporte sobretudo dentro do modal rodoviário. Link: http://www.logisticadescomplicada.com/gargalo-logistico-e-os-desafios-da-cadeia-produtiva/

    Por Hamilton Picolotti – Presidente da Confenar – Confederação Nacional das Revendas AmBev e das Empresas de Logística da Distribuição.

    Alexandre Silva de Oliveira

    ResponderExcluir
  6. No Brasil, o transporte logístico passa por dificuldades que não deveria está passando. Temos grandes quantidades de cargas que não são fracionadas que facilmente poderiam ser transportadas via modal ferroviário e até mesmo hidroviário, sem falar no mínimo impacto ambiental que os modais ferroviários e hidroviários causam em relação ao modal rodoviário. Já que temos grandes rios navegáveis e não temos regiões montanhosas que dificultam a passagem das vias ferroviárias, o que parece é que a administração do nosso país está mais preocupada com o índice de desemprego (e consequentemente perda de força política) que uma boa estrutura de transporte logístico pode trazer a curto prazo, do que com aumento da industrialização, da agropecuária, entre outros setores, que trariam riqueza e empregos que exigissem qualificação.

    Silvestre Coutinho

    ResponderExcluir
  7. Os transportes de cargas possuem cinco tipos de modais, cada um com custos e características operacionais próprias, que os tornam mais adequados para certos tipos de operações e produtos. Todas as modalidades tem suas vantagens e desvantagens. Algumas são adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras não. Escolha a melhor opção, analisando os custos, características de serviços, rotas possíveis, capacidade de transporte, versatilidade, segurança e rapidez.

    http://www.fiesp.com.br/infra-estrutura/transporte/default_modais.aspx

    ResponderExcluir
  8. A preocupação com a administração de materiais / transportes não é algo novo. O mesmo, contudo, não se pode dizer da logística. Criado como uma designação específica das atividades de suprimento nas operações militares, o conceito de logística, ou capacidade logística, transformou-se,nas últimas décadas, em uma área específica da atividade econômica /empresarial, incorporando a infra-estrutura e o gerenciamento do transporte e da estocagem ao longo das cadeias produtivas.. Como não poderia deixar de ser, a emergência do conceito de logística encontra-se associada a profundas transformações no processo produtivo e de transportes. Em linhas gerais, pode-se considerar que, até o começo dos anos 70, os processos produtivos caracterizavam-se por grandes estruturas fordistas, em que os ganhos de produtividade vinculavam-se à exploração de escalas crescentes. Num mundo onde a economia se expandia continuamente, possuir grandes estoques não constituía problema. O importante era não parar a produção. Nos anos 80 a década perdida da economia brasileira vem a ser um período de completa estagnação e degradação da infra-estrutura de transportes. A logística brasileira, portanto, sofre duplamente nessa época. Primeiro, por não manter a infra-estrutura existente, segundo, por perder o “bonde” na revolução dos contêineres. Só em meados da década de 1990, com as reformas institucionais empreendidas, esse processo começa a se reverter. Trata-se, contudo, de uma reversão que, além de limitada à modernização da infra-estrutura pré-existente, segue a lógica do antigo sistema estatal, claramente monomodal.

    ResponderExcluir
  9. No Brasil, uma das principais barreiras para o desenvolvimento da logística está relacionada com as enormes deficiências encontradas na infra-estrutura de transportes e comunicação, conforme exposto nos demais tópicos.

    ResponderExcluir
  10. O transporte é um dos setores chave da logística, inclusive muitas vezes a logística em si é confundida apenas com o processo de transportes por pessoas sem informações adequadas, que tem em mente que a logística trata unica e especificamente de transporte de mercadorias, enquanto que esse eh apenas um dos setores da logística, mesmo que seja um dos setores chave. Considerando o Brasil como base de estudo, os operadores logísticos brasileiros tem uma grande dificuldade no transporte, pelo fato da infra-estrutura do país não está adequada e mesmo que possuindo uma rede hidroviária consideravelmente boa com rios que cortam todo país, o Brasil foi moldado através de estradas o que trás para o país um transporte de grande maioria por meio rodoviário, se não fosse só isso que já pode elevar consideravelmente o custo do transporte as estradas brasileiras em geral não são de boa qualidade, assim o transporte é cada dia mais um desafio para operadores logísticos, tendo muitos imprevistos que acontecem nas estradas alem de falta pessoal capacitado para fazer o transporte rodoviário, muito disso por cultura local. Usando como exemplo Aracaju, e convivendo e conversando com pessoas da área de transporte de cargas é fácil escutar alguém falar que tal pessoa é motorista porque não tem estudo, ou isso ou aquilo, ou seja ser motorista de caminhão é considerado uma profissão para quem não tem algo melhor para fazer, assim baixando o nível dos profissionais da área, em alguns locais onde a falta de profissionais capacitados para fazer o transporte correto da carga onde muitas vezes cada carga tem suas peculiaridades as empresas estão capacitando os motoristas para poder transportar as cargas.

    Almir Junior

    ResponderExcluir
  11. Como foi dito várias vezes em sala de aula, o transporte logístico é importantíssimo para qualquer empresa, mesmo que o ramo dela não seja o transporte, a mesma poderá ser afetada de alguma maneira por uma falha da logística de transporte dos seus fornecedores. No Brasil a logística de transportes é altamente cara por conta de diversos fatores, onde posso mencionar alguns como: o modal mais utilizado é o rodoviário, sendo que este é o mais caro e as condições das nossas rodovias brasileiras são cheias de problemas desde a falta de infra-estrutura e a falta de segurança. Pagamos muito caro por esse e mais inúmeros outros problemas.

    ResponderExcluir
  12. No Brasil, apesar de iniciativas como a privatização de portos e ferrovias, o modal rodoviário ainda é dominante na matriz de transporte. Este fato, dependendo das características do produto, pode ser impeditivo para o atingimento de um maior nível de competitividade em termos de custo. O principal problema do ponto de vista logístico é a infraestrutura. Pouco mais de 10% das nossas estradas são pavimentadas, o que soma menos de 250 mil km. Não adianta tentar comparar esta situação com países desenvolvidos.

    ResponderExcluir